(Parte 1) Sobre Intercâmbio: O que você está procurando?
TROCAMOS UMA IDEIA SOBRE INTERCÂMBIO?
Tenho duas amigas muito queridas articulando um intercâmbio... então resolvi escrever um pouco mais sobre este processo que é dúvida de todo mundo que resolve cortar um pouco as asinhas (seja da família, do país, do estado, da casa onde mora,das amizades,da cultura, das vivências rotineiras que tem........) e se aventurar mundo afora.
Você decide que quer viajar, tem alguma grana para bancar o início, quer estudar, quer trabalhar, quer fazer festa, conhecer gente nova, se meter em perrengues... enfim... Decide que vai. Por onde começar?
O QUE VOCÊ ESTÁ PROCURANDO?
Primeiro, você tem que pensar no que você quer.
Está estudando? Sua universidade tem convênio com outras fora do país? Se tem, algum deles lhe interessa ou poderia interessar? Se não tem, ou não lhe interessa, o que você quer fazer? Ir pra lá trabalhar e juntar algum dinheiro? Fazer um curso de línguas e aproveitar e ganhar algum dinheiro? Só fazer um curso de línguas e se dedicar à ele? Fingir que faz um curso de línguas para ter uma experiência morando fora?
Todas estas perguntas são pertinentes quando você começar a pensar nisso, pois são elas que vão definir o país para onde você vai e o tipo de intercâmbio que quer fazer.
O que eu recomendo? Acima de tudo que você seja feliz com o que escolher, mas se intercâmbio acadêmico for uma possibilidade, eu certamente escolheria essa. Trabalhar com possibilidade de interação com pessoas locais, mesmo que também com turistas, seria outra ótima oportunidade.
Você vai perceber que eu valorizo muito o contato com pessoas locais e nativas e realmente acho que entrar de cabeça na experiência de intercambiar culturas, pessoas, lugares e vivências é a alma de um intercâmbio. Lembre-se que você é livre para fazer o que quiser, até e inclusive atravessar um oceano para morar em Dublin num apartamento cheio de brasileiros, estudar inglês com brasileiros e tomar cerveja em jarra no pagode da sexta (RISOS).
Você vai perceber que eu valorizo muito o contato com pessoas locais e nativas e realmente acho que entrar de cabeça na experiência de intercambiar culturas, pessoas, lugares e vivências é a alma de um intercâmbio. Lembre-se que você é livre para fazer o que quiser, até e inclusive atravessar um oceano para morar em Dublin num apartamento cheio de brasileiros, estudar inglês com brasileiros e tomar cerveja em jarra no pagode da sexta (RISOS).
Eu morei na Espanha por seis meses em intercâmbio acadêmico e outros seis meses na Irlanda em intercâmbio cultural para fazer curso de línguas. Achei experiências completamente diferentes uma da outra e posso falar mais sobre isso em um post específico, mas por hora, vou ficar no aspecto prático do planejamento e vou começar por estas duas modalidades que me são mais conhecidas....
Intercâmbio Acadêmico
Eu descobri faltando seis meses para me graduar que minha universidade permitia que eu fizesse intercâmbio até um ano depois de formada. Então, quando achei que meu sonho já tinha escapado pelos dedos na minha pressa de terminar a faculdade, consegui seis meses para providenciar tudo e ir.
Em faculdades particulares, verifique as vagas disponíveis para seu curso. Caso hajam vagas em aberto, a própria universidade vai te fornecer informações sobre as faculdades parceiras e você vai ter que pesquisar o que elas oferecem na sua área: base curricular e matérias que você quer cursar/pode usar como equivalência no país de origem.
Depois de escolher uma universidade do programa de parceiros (ou mais de uma), você vai ter que provar para eles quem é você academicamente: histórico escolar, teste de línguas e carta motivacional são o básico e é agora que vai fazer sentido suas médias terem sido boas/ótimas durante TODA a faculdade, pois a universidade que te receberá pesará isso na hora de achar que você será um bom estudante pra eles ou não.
Em faculdades públicas o processo geralmente é mais concorrido e depende de médias espetaculares. Tem suas vantagens: é subsidiado e tem toda uma rede que o sustenta. Este programa se chama ERASMUS. Conheci uma galera que ganhava de 400 a 900 euros, dependendo da bolsa e de onde vinham. Pagando aluguel, comida e transporte, é uma ajuda que vem bem pra caramba. Além da parte financeira, ainda tinha a rede: Há vários programas para estudantes Erasmus. Na Universidade de Sevilla os estudantes que não eram Erasmus também participavam desta rede, mas nem sempre é assim. Há programação de viagens e facilitações para hospedagem, além de festas inesquecíveis. (Em qualquer lugar que vc vá se ouvir que a festa é ERASMUS... só vá. Vai ser boa!)
Então, estude, estude muito e se informe sobre isso desde o início da facul. Você também vai precisar de histórico escolar, teste de língua estrangeira, carta motivacional e ser um ótimo aluno. RS
Instituições bancárias privadas como o santander, também oferecem bolsas, tanto em unidades privadas quanto públicas. Não oferecem bolsas integrais como o Erasmus, mas há ótimas possibilidades. De novo, é a sua média que vai fazer a diferença. Em alguns casos, a renda também, mas a média....
Em ambos os casos, você fica uns meses esperando um "aceito você" e a partir daí tem que correr atrás de tudo para dar tempo: junta o aceito você da sua universidade e da que vai te receber, o comprovante da bolsa se for o caso, a documentação necessária para o visto no país que você escolheu (que pode incluir passagem ida e volta, comprovante de moradia e seguro-saúde, antes ou depois da solicitação e toda comprovação possível de renda que subsidie a viagem) e espera o terceiro "aceito você", que é o visto de estudante, em caso de análise prévia de documentação.
Caso o país para onde você quer ir não exija análise prévia da documentação (o que é raro para o ciclo acadêmico tem mais de 90 dias), E no momento da imigração (mesmo com visto prévio) leve: passagem de ida e volta para o período do curso, carta da universidade, comprovante de moradia (pelo menos inicial ou carta-convite), seguro-saúde e dinheiro em espécie sugerido de permanência no país que você escolheu.
Lembre-se que cada país tem suas limitações e pode (ou não) te aceitar na hora da imigração, mesmo com toda documentação necessária e nesse caso, minhas recomendações são: Leve sempre toda documentação possível e NÃO MINTA. Responda todos os questionamentos e tenha claro pq e para que está indo. No meu caso, que era Espanha, o visto era prévio e a lista de documentação era imensa. Só pelo processo do visto, seguro-saúde, passagem e moradia que eram por minha conta (se vc não der a sorte de conseguir uma bolsa Erasmus), inexperiente que era, já valeu ter contratado uma empresa de intercâmbio.
Eu descobri faltando seis meses para me graduar que minha universidade permitia que eu fizesse intercâmbio até um ano depois de formada. Então, quando achei que meu sonho já tinha escapado pelos dedos na minha pressa de terminar a faculdade, consegui seis meses para providenciar tudo e ir.
Em faculdades particulares, verifique as vagas disponíveis para seu curso. Caso hajam vagas em aberto, a própria universidade vai te fornecer informações sobre as faculdades parceiras e você vai ter que pesquisar o que elas oferecem na sua área: base curricular e matérias que você quer cursar/pode usar como equivalência no país de origem.
Depois de escolher uma universidade do programa de parceiros (ou mais de uma), você vai ter que provar para eles quem é você academicamente: histórico escolar, teste de línguas e carta motivacional são o básico e é agora que vai fazer sentido suas médias terem sido boas/ótimas durante TODA a faculdade, pois a universidade que te receberá pesará isso na hora de achar que você será um bom estudante pra eles ou não.
Em faculdades públicas o processo geralmente é mais concorrido e depende de médias espetaculares. Tem suas vantagens: é subsidiado e tem toda uma rede que o sustenta. Este programa se chama ERASMUS. Conheci uma galera que ganhava de 400 a 900 euros, dependendo da bolsa e de onde vinham. Pagando aluguel, comida e transporte, é uma ajuda que vem bem pra caramba. Além da parte financeira, ainda tinha a rede: Há vários programas para estudantes Erasmus. Na Universidade de Sevilla os estudantes que não eram Erasmus também participavam desta rede, mas nem sempre é assim. Há programação de viagens e facilitações para hospedagem, além de festas inesquecíveis. (Em qualquer lugar que vc vá se ouvir que a festa é ERASMUS... só vá. Vai ser boa!)
Então, estude, estude muito e se informe sobre isso desde o início da facul. Você também vai precisar de histórico escolar, teste de língua estrangeira, carta motivacional e ser um ótimo aluno. RS
Instituições bancárias privadas como o santander, também oferecem bolsas, tanto em unidades privadas quanto públicas. Não oferecem bolsas integrais como o Erasmus, mas há ótimas possibilidades. De novo, é a sua média que vai fazer a diferença. Em alguns casos, a renda também, mas a média....
Em ambos os casos, você fica uns meses esperando um "aceito você" e a partir daí tem que correr atrás de tudo para dar tempo: junta o aceito você da sua universidade e da que vai te receber, o comprovante da bolsa se for o caso, a documentação necessária para o visto no país que você escolheu (que pode incluir passagem ida e volta, comprovante de moradia e seguro-saúde, antes ou depois da solicitação e toda comprovação possível de renda que subsidie a viagem) e espera o terceiro "aceito você", que é o visto de estudante, em caso de análise prévia de documentação.
Caso o país para onde você quer ir não exija análise prévia da documentação (o que é raro para o ciclo acadêmico tem mais de 90 dias), E no momento da imigração (mesmo com visto prévio) leve: passagem de ida e volta para o período do curso, carta da universidade, comprovante de moradia (pelo menos inicial ou carta-convite), seguro-saúde e dinheiro em espécie sugerido de permanência no país que você escolheu.
Lembre-se que cada país tem suas limitações e pode (ou não) te aceitar na hora da imigração, mesmo com toda documentação necessária e nesse caso, minhas recomendações são: Leve sempre toda documentação possível e NÃO MINTA. Responda todos os questionamentos e tenha claro pq e para que está indo. No meu caso, que era Espanha, o visto era prévio e a lista de documentação era imensa. Só pelo processo do visto, seguro-saúde, passagem e moradia que eram por minha conta (
Intercâmbio Cultural - Curso de Línguas
Depois dos seis meses de intercâmbio acadêmico eu fui para Dublin para fazer curso de línguas. Muita gente vai pra lá pq o processo de visto é feito no próprio país por umas centenas de euros, sem muitas restrições bizarras, além do país permitir que vc trabalhe enquanto estuda e mais alguns meses de trabalho legal depois, possibilidades inviáveis em outros países combinadas com a condição de estudante. Eu fui pq era o único país que eu poderia conciliar com a condição anterior de já ter visto de estudante de 180 dias sem outro visto prévio feito no meu país de origem, ou seja, voltar para o Brasil. Não está tão fácil hoje quanto foi na minha época, mas ainda tem menos restrições e é mais barato que Reino Unido, por exemplo.
Se escolher esta opção de intercambio, você pode precisar de visto antecipado (ou não), passagem, moradia para chegar, seguro-saúde, carta da escola onde vai estudar e meios de comprovação de renda possível para a viagem.
Existem escolas desde um orçamento budget até escolas mais caras e as top status, então, tudo vai de quanto você quer gastar, quanto você está disposto a se comprometer e quais são seus objetivos lá (pq não vale a pena pagar a escola mais cara da europa pra não ir na aula, fazer festa e voltar sem certificado). Eu escolhi uma escola meio termo. Nem a cara, nem a barata, avaliei a proposta e segui. Gostei da escola, mas tenha em mente que um curso de línguas inclui estrangeiros, ok? E isso pode ser você, dois chineses, três mexicanos, um paulista e um mineiro que sabem tanto quanto (ou menos) inglês que você e se você não trabalhar e/ou morar com nativos/locais, esse serão os contatos que terá: estrangeiros.
A escolha é sua, mas se eu puder deixar uma dica sobre este tipo de intercâmbio é: faça o possível para morar com nativos ou estrangeiros que falem línguas que você gostaria de praticar. Se puder ser uma mescla das duas coisas, ótimo!
Dá para arrumar isso tudo sozinho? Dá, mas custa horas de pesquisa e alguma insegurança se você precisar de visto prévio.
Se escolher esta opção de intercambio, você pode precisar de visto antecipado (ou não), passagem, moradia para chegar, seguro-saúde, carta da escola onde vai estudar e meios de comprovação de renda possível para a viagem.
Existem escolas desde um orçamento budget até escolas mais caras e as top status, então, tudo vai de quanto você quer gastar, quanto você está disposto a se comprometer e quais são seus objetivos lá (
A escolha é sua, mas se eu puder deixar uma dica sobre este tipo de intercâmbio é: faça o possível para morar com nativos ou estrangeiros que falem línguas que você gostaria de praticar. Se puder ser uma mescla das duas coisas, ótimo!
Dá para arrumar isso tudo sozinho? Dá, mas custa horas de pesquisa e alguma insegurança se você precisar de visto prévio.
Work-Experience
Este eu (ainda) não fiz, Mas ele é feito intermediado por agências de intercâmbio que promovem feiras direto com os empregadores do exterior aqui no Brasil.Você já faz a entrevista e o "processo de contratação" nestas feiras (e/ou via skype) e, tecnicamente, você sai do país empregado e com visto que garanta sua permanência por lá durante o contrato de trabalho e, às vezes, uns meses mais.
Alguns programas de Work experience tem limitação de idade... então, se você quer ir só pra trabalhar, não perca o prazo de validade (apesar do meu já estar expirando...)
Este eu (ainda) não fiz, Mas ele é feito intermediado por agências de intercâmbio que promovem feiras direto com os empregadores do exterior aqui no Brasil.Você já faz a entrevista e o "processo de contratação" nestas feiras (e/ou via skype) e, tecnicamente, você sai do país empregado e com visto que garanta sua permanência por lá durante o contrato de trabalho e, às vezes, uns meses mais.
Alguns programas de Work experience tem limitação de idade... então, se você quer ir só pra trabalhar, não perca o prazo de validade (
High School
Intercâmbio para fazer ensino médio, ou para completá-lo no exterior. Este já não dá mais para eu fazer (rs). Geralmente são programas acoplados à vivência com uma família estrangeira, na qual você se torna um novo membro durante seis meses/um ano. Pessoalmente, acho mais legal viajar quando já não se está "a la louca" com as voltas que a adolescência dá, mas é só uma opinião.
Au-Pair
Neste tipo de experiência, você é contratado para viver com uma família nativa e trabalhar como cuidador dos filhos desta família. Conheci muitas pessoas que se deram bem com este programa: tive uma professora de inglês que trabalhou com uma família nos EUA e, como a família leva a babysitter em caso de viagens, conheceu boa parte dos EUA, por exemplo. Olhando para o outro lado da moeda, também conheci gente que tinha regras absurdas em casa e/ou trabalhava bem mais horas do que o que era contratado e não curtiu muito a experiência.
Vale lembrar que para encarar este tipo de intercâmbio você deve considerar que estará imerso em uma cultura e regras diferentes TODO O TEMPO e que será como ter uma outra família, com outra língua e outra cultura. Pode ser fantástico e também pode ser difícil. (Como todos os outros, mas talvez seja mais fácil lidar com um landlord e saber que você pode sair do seu emprego e voltar pra casa no fim de um dia ruim).
Intercâmbios para au-pair também costumam ter limitação de idade e geralmente exigem experiências anteriores com crianças. Cheque as exigências direitinho para não contar com algo e se colocar em uma situação totalmente diferente do esperado.
Workaway/Worldpackers
São a oficialização de uma maneira já antiga de troca entre backpackers: você oferece algo de suas habilidades e algumas horas de trabalho em troca de hospedagens e alimentação. Os sites são pagos, mas vale a pena na medida em que todas as experiências são gerenciadas por uma espécie de plataforma, com suporte ajuda 24 horas e ajuda financeira em caso do local ou as condições não estarem de acordo com o combinado em contato prévio com a propriedade. É uma modinha cult entre os youtubers e blogueiros trying to travel free e por isso tem sido bastante "marginalizado", digamos assim. Há gente topando de tudo, inclusive turnos de 6x1 de oito horas em troca de hospedagem e alimentação, o que na minha opinião, passa de uma experiência num país ou lugar diferente à trabalho escravo.
Vamos combinar que 4-6 horas e dois dias de folga na semana são prudentes para esta experiência meu povo, mais que isso é se "prostituir" pra ter um lugar pra comer e dormir. E isso só depende de quem gira este comércio, aceitando esses trampos ou não. Tenho conhecidos que trabalham com isso e conseguiram negociar uma grana extra além da hospedagem e alimentação, provando que são competentes e estão ali por algum motivo. Digo isso pq seria legal se a gente preservasse o objetivo deste tipo de troca, que é experenciar um país/lugar novo gastando pouco, mas tendo algum tempo de conhecer e vivenciar um pouco mais da cultura local. E não trabalhando e dormindo.
As experiências deste tipo de plataforma de trabalho voluntário geralmente exigem que você esteja no país onde você escolheu trabalhar em condição de visto legal no país. Ou seja, não oferecem nenhum tipo de auxílio em relação à passagem e seguro-saúde. Você pode ser turista e fazer isso, mas não pode ultrapassar seu tempo de visto em função da experiência e nem solicitar extensão de visto para trabalho, pq não se configura como tal. E vai ter que conseguir entrar no país que deseja com a condição de turista.
Intercâmbio para fazer ensino médio, ou para completá-lo no exterior. Este já não dá mais para eu fazer (rs). Geralmente são programas acoplados à vivência com uma família estrangeira, na qual você se torna um novo membro durante seis meses/um ano. Pessoalmente, acho mais legal viajar quando já não se está "a la louca" com as voltas que a adolescência dá, mas é só uma opinião.
Au-Pair
Neste tipo de experiência, você é contratado para viver com uma família nativa e trabalhar como cuidador dos filhos desta família. Conheci muitas pessoas que se deram bem com este programa: tive uma professora de inglês que trabalhou com uma família nos EUA e, como a família leva a babysitter em caso de viagens, conheceu boa parte dos EUA, por exemplo. Olhando para o outro lado da moeda, também conheci gente que tinha regras absurdas em casa e/ou trabalhava bem mais horas do que o que era contratado e não curtiu muito a experiência.
Vale lembrar que para encarar este tipo de intercâmbio você deve considerar que estará imerso em uma cultura e regras diferentes TODO O TEMPO e que será como ter uma outra família, com outra língua e outra cultura. Pode ser fantástico e também pode ser difícil. (Como todos os outros, mas talvez seja mais fácil lidar com um landlord e saber que você pode sair do seu emprego e voltar pra casa no fim de um dia ruim).
Intercâmbios para au-pair também costumam ter limitação de idade e geralmente exigem experiências anteriores com crianças. Cheque as exigências direitinho para não contar com algo e se colocar em uma situação totalmente diferente do esperado.
Workaway/Worldpackers
São a oficialização de uma maneira já antiga de troca entre backpackers: você oferece algo de suas habilidades e algumas horas de trabalho em troca de hospedagens e alimentação. Os sites são pagos, mas vale a pena na medida em que todas as experiências são gerenciadas por uma espécie de plataforma, com suporte ajuda 24 horas e ajuda financeira em caso do local ou as condições não estarem de acordo com o combinado em contato prévio com a propriedade. É uma modinha cult entre os youtubers e blogueiros trying to travel free e por isso tem sido bastante "marginalizado", digamos assim. Há gente topando de tudo, inclusive turnos de 6x1 de oito horas em troca de hospedagem e alimentação, o que na minha opinião, passa de uma experiência num país ou lugar diferente à trabalho escravo.
Vamos combinar que 4-6 horas e dois dias de folga na semana são prudentes para esta experiência meu povo, mais que isso é se "prostituir" pra ter um lugar pra comer e dormir. E isso só depende de quem gira este comércio, aceitando esses trampos ou não. Tenho conhecidos que trabalham com isso e conseguiram negociar uma grana extra além da hospedagem e alimentação, provando que são competentes e estão ali por algum motivo. Digo isso pq seria legal se a gente preservasse o objetivo deste tipo de troca, que é experenciar um país/lugar novo gastando pouco, mas tendo algum tempo de conhecer e vivenciar um pouco mais da cultura local. E não trabalhando e dormindo.
As experiências deste tipo de plataforma de trabalho voluntário geralmente exigem que você esteja no país onde você escolheu trabalhar em condição de visto legal no país. Ou seja, não oferecem nenhum tipo de auxílio em relação à passagem e seguro-saúde. Você pode ser turista e fazer isso, mas não pode ultrapassar seu tempo de visto em função da experiência e nem solicitar extensão de visto para trabalho, pq não se configura como tal. E vai ter que conseguir entrar no país que deseja com a condição de turista.
(Ainda) não viajei na condição de voluntária. Tenho um desejo muito grande de fazer isso e já está sendo encaminhado, mas pretendo fazê-lo com cidadania italiana reconhecida e sem questões com o visto. Já tive muitas más experiências em imigração para ficar brincando com chegadas e saídas e... não tenho mais idade pra isso. RS.
Vale lembrar que sim, eu considero esta uma opção incrível, mas votaria nela para pessoas que já tem alguma experiência com viagens e backpacking. Como escrevi ali em cima, pra mim tem mais a ver com uma maneira específica de viajar e experenciar lugares e depende muito da resiliência da criatura que a escolhe, além de exigir uma imensa capacidade de interação com novas culturas, novas pessoas e com fazer e desfazer as coisas às vezes completamente sozinho, coisas que acho que a gente adquire com o tempo fazendo o quê? VIAJANDO. :)
Voluntariados Humanitários
Parecido com a experiência de voluntariado anterior, com a diferença que geralmente são promovidos por ONGs: você trabalha, vive no local e são programas com grande apelo altruísta, onde geralmente se paga um valor x pela contratação da experiência, além da passagem, seguro-saúde e eventuais despesas com vistos.
Sabe aquelas fotos com crianças desnutridas, orfanatos e outros lugares limite onde você possa ajudar de alguma maneira? Então, estão neste campo dos intercâmbios. Não que eu não acredite que há ONGs sérias trabalhando com isso e que realmente algumas delas fazem diferença no mundo, mas nesse balaio, também tem muitas que viraram verdadeiras empresas e capitalizaram e comercializaram o sofrimento alheio, gerando demanda para que os gringos possam ir "viver a experiência".
Se você optar por este tipo de intercâmbio, por favor, verifique as condições do local onde você vai ficar, avalie se o seu trabalho vai contribuir para o bem-estar destas pessoas ou se vai contribuir para que elas continuem sendo mantidas neste lugar. Estude sobre a ONG que está te contratando e sobre como ela tem contribuído EFETIVAMENTE para mudar aquela realidade. Se não for avaliar todas estas condições e só quiser fotos de apelo humanitário para seu instagram, por favor, não vá. Você não sabe as consequências disso e nem que tipo de organização está ajudando a manter com seu trabalho (e seu dinheiro).
Vale lembrar que sim, eu considero esta uma opção incrível, mas votaria nela para pessoas que já tem alguma experiência com viagens e backpacking. Como escrevi ali em cima, pra mim tem mais a ver com uma maneira específica de viajar e experenciar lugares e depende muito da resiliência da criatura que a escolhe, além de exigir uma imensa capacidade de interação com novas culturas, novas pessoas e com fazer e desfazer as coisas às vezes completamente sozinho, coisas que acho que a gente adquire com o tempo fazendo o quê? VIAJANDO. :)
Voluntariados Humanitários
Parecido com a experiência de voluntariado anterior, com a diferença que geralmente são promovidos por ONGs: você trabalha, vive no local e são programas com grande apelo altruísta, onde geralmente se paga um valor x pela contratação da experiência, além da passagem, seguro-saúde e eventuais despesas com vistos.
Sabe aquelas fotos com crianças desnutridas, orfanatos e outros lugares limite onde você possa ajudar de alguma maneira? Então, estão neste campo dos intercâmbios. Não que eu não acredite que há ONGs sérias trabalhando com isso e que realmente algumas delas fazem diferença no mundo, mas nesse balaio, também tem muitas que viraram verdadeiras empresas e capitalizaram e comercializaram o sofrimento alheio, gerando demanda para que os gringos possam ir "viver a experiência".
Se você optar por este tipo de intercâmbio, por favor, verifique as condições do local onde você vai ficar, avalie se o seu trabalho vai contribuir para o bem-estar destas pessoas ou se vai contribuir para que elas continuem sendo mantidas neste lugar. Estude sobre a ONG que está te contratando e sobre como ela tem contribuído EFETIVAMENTE para mudar aquela realidade. Se não for avaliar todas estas condições e só quiser fotos de apelo humanitário para seu instagram, por favor, não vá. Você não sabe as consequências disso e nem que tipo de organização está ajudando a manter com seu trabalho (e seu dinheiro).
Bem, não sou profissional de vendas de intercâmbio, mas geralmente você terá que escolher entre alguma das opções acima. Preços, cores e valores você obviamente pesquisará de acordo com o destino que pretende, pq meu objetivo aqui é deixar você a par do que existe por aí e falar um pouco sobre minha vivência e o que foi necessário pensar e articular para a viagem. Anyway, ler este texto pode inclusive te ajudar com a decidir para onde ir, pq você vai perceber que intercâmbio trata-se mais de afetos do que de destinos.
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